O contexto
O projeto tem como foco o empoderamento de jovens mulheres indígenas na região semiárida da Caatinga, no Nordeste do Brasil. Esta área é caracterizada por condições socioeconômicas desafiadoras, acesso limitado a serviços básicos e uma história de exclusão social e discriminação contra comunidades indígenas. O projeto visa fortalecer a capacidade dessas mulheres para autodeterminação, liderança e resiliência, por meio de educação e capacitação em economia feminista, igualdade de gênero e desenvolvimento sustentável.
As mulheres indígenas da região enfrentam altos níveis de vulnerabilidade social, agravados por discriminação sistêmica, violência de gênero e acesso restrito à educação e à saúde. Frequentemente trabalham em empregos precários, com pouco reconhecimento ou oportunidades de crescimento pessoal e profissional. O projeto aborda esses desafios oferecendo formações em liderança, agroecologia e autonomia econômica, além de promover estratégias para combater a violência de gênero e a insegurança alimentar. Adicionalmente, o projeto apoia as comunidades no desenvolvimento de estratégias de resiliência climática, considerando os efeitos adversos das mudanças climáticas sobre suas terras tradicionais e meios de subsistência.
O projeto é implementado em 31 municípios de 4 estados do Nordeste do Brasil — Ceará, Pernambuco, Bahia e Alagoas — com foco nas comunidades indígenas da região semiárida da Caatinga. Essas áreas abrangem 30 diferentes etnias indígenas, todas diretamente impactadas pelas intervenções do projeto.
Nossa intervenção
Nossas atividades se concentram na promoção da inclusão social e do desenvolvimento sustentável. A iniciativa integra a educação para a cidadania global, promovendo a conscientização sobre os direitos humanos e os problemas intersetoriais enfrentados por essas comunidades, equipando os participantes com o conhecimento e as habilidades necessárias para apoiar a mudança sistêmica. Com a implementação de nossas atividades, os resultados esperados incluem:
- Uma equipe será formada para operar nos 31 municípios, garantindo a implementação eficaz das atividades do projeto.
- Sistemas eficientes de monitoramento e avaliação (M&A) serão criados para acompanhar o progresso e avaliar os indicadores do projeto.
- 480 jovens mulheres indígenas de 30 etnias, localizadas em 31 municípios de quatro estados do Nordeste do Brasil, irão aprimorar seu conhecimento sobre economia feminista, divisão sexual do trabalho e estratégias para enfrentar a desigualdade de gênero.
- As 480 mulheres também irão fortalecer sua compreensão sobre autonomia, igualdade de gênero, estratégias para combater a fome e a insegurança alimentar, além de promover economias solidárias e a autogestão.
- 420 jovens mulheres indígenas irão adquirir conhecimento sobre agroecologia, convivência sustentável no semiárido e economia feminista.
- Um estudo sobre o trabalho das mulheres indígenas, com foco em autonomia, trabalho, renda, cuidado, organização e inclusão produtiva, será realizado e disseminado.
- Oito materiais de comunicação serão produzidos e amplamente divulgados para aumentar a conscientização sobre as ações e resultados do projeto.
- Uma rede de mulheres indígenas será criada para garantir a sustentabilidade a longo prazo das iniciativas do projeto.