COREBIOM: Conservação e Renovação da Biodiversidade em Moçambique

O objetivo geral do projeto é melhorar a capacidade de Moçambique para promover a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos naturais. Este objetivo será alcançado através da melhoria da estrutura, dos procedimentos de conservação e exposição e da promoção do Museu de História Natural de Maputo (MHN) e da Estação de Biologia Marítima de Inhaca (EBMI).  

Moçambique é extremamente rico em biodiversidade, albergando mais de 6.000 espécies de plantas (250 endémicas) e uma fauna variada, com 768 espécies de aves, 315 de répteis e anfíbios (28 endémicas) e 263 de mamíferos, incluindo os “cinco grandes”: leão, leopardo, rinoceronte, elefante africano e búfalo. Além disso, a costa moçambicana, que se estende por 2.700 km ao longo do Oceano Índico, possui uma biodiversidade marinha muito diversificada e uma variedade de habitats, que vão desde os recifes de coral aos mangais e acolhem espécies icónicas como o dugongo. No entanto, esta biodiversidade única está a ser ameaçada por impactos directos e indirectos causados principalmente por actividades humanas, como a desflorestação, a degradação dos solos, a desertificação, a introdução de espécies exóticas e as alterações climáticas. Para fazer face a estas ameaças, é necessário adotar estratégias eficazes de conservação da biodiversidade e de utilização sustentável dos recursos naturais. 

Estas estratégias só podem ser implementadas através de um trabalho sinérgico a vários níveis: aumentar a sensibilização para a importância da biodiversidade a nível nacional e internacional; aumentar a disponibilidade de dados fiáveis sobre a biodiversidade; e melhorar as capacidades técnicas do pessoal local, bem como o equipamento e as instalações disponíveis para as instituições relevantes.